Assim que surgiu a idéia do blog foram propostos assuntos variados, e dentre eles, a culinária.
Pensei em abordar, logo de cara, uma série de receitas práticas, e que pudessem ter uma utilidade relevante para os leitores e leitoras de plantão. Porém me veio,antes, a sugestão de questionar a relação pessoa-comida, por que o que me intriga na gastronomia é o simples e complexo fato de usarmos os cinco sentidos na cozinha. Sim, todos os cinco sentidos.
Aqueles que trabalham com a arte culinária precisam treinar, aprimorar e sensibilizar esses sentidos, para que possam aproveitar o máximo de uma produção, e todo o seu processo, e o máximo
de uma degustação, levando em conta cada ingrediente contido nela.
Há também aqueles que, embora não tomem a gastronomia como profissão e carreira, estão sempre preocupados com o que comem, e também, de que forma degustam.
Portanto, a idéia de hoje é provocar esse tipo de reflexão. Quem nunca experimentou alguma comida apenas olhando para ela? Suas cores, formas,combinações e contrastes? A comida que
estiver bem apresentada, mesmo que não acabe sendo seu prato favorito no final, vai te atrair de alguma forma, e quando você perceber, já estará comendo! Logo, você e o alimento são apresentados, também, através dos olhos.
Quando não é a visão, querendo ou não, o aroma vai chegar até você. Certos cheiros nos fazem relembrar momentos inesquecíveis em família, com amigos, naquele dia que você chegou em casa e descobriu, antes mesmo de passar pela porta, que tinham feito uma comida que você adorava, somente pelo delicioso e aconchegante cheiro que vinha da
cozinha.
Saber perceber os cheiros é de extrema importância nas fases de uma produção. Por exemplo: você vai saber quando um bolo está pronto, pois o cheiro vai se espalhar pela cozinha inteira.
Também podemos reconhecer produtos bons ou passados, e evitar beber o leite azedo que estava na geladeira. Se você não conhece o que estão te servindo, e não confiou muito na
“cara” da comida, muitas vezes você usa do seu faro instintivo para sair da dúvida: ”será que isso aí é bom hein?”.
O tato é realmente importante na hora de, literalmente “sentir” o alimento que você está escolhendo no supermercado, e todo mundo aprende a diferenciar um tomate maduro e firme, de um tomate mole e machucado sem grandes complicações. O fantástico desse sentido é você ter todo o poder de reconhecer texturas infinitas, quando está mastigando algo. O “croc-croc” de uma bruschetta super tostada, que se mistura ao tomate macio e ao pastoso queijo, junto com as frescas folhas de manjericão,
e tudo isso junto se condensando até todas essas sensações virarem uma só e você partir para outra mordida.
Dentro de uma cozinha ativa existe uma verdadeira orquestra. Desde a peça de carne, gritando na frigideira ao fritar, até o profundo e denso som de uma massa de pão sendo misturada e sovada, a comida tende a reproduzir sons característicos, e rústicos. Há quem diga que a comida fala, quando, por exemplo, damos leves petelecos no melão, para saber se está maduro. O melão vai responder que sim, quando fizer um som ecoado e de baixo tom!
Por último, não menos importante, nos deparamos com o paladar.
Ora! O paladar é o mestre, que guia todos os outros sentidos. É ele que sabe o que doce, o que é amargo, o que acontece quando misturamos os dois, e mais: o que isso nos causa. A partir do
gosto que se estabelece na boca, é possível, a partir do cérebro, ativar hormônios que causem prazer, náusea, e por ai vai...
O gosto do alimento in natura é aquele gosto fixo. Você pode
complementar, com temperos e técnicas variadas e cocção. Esse gosto se modifica até certo ponto. É papel do gastrônomo buscar os mais variados gostos, texturas, aromas, e aparências que um alimento pode conter.
Mas o que eu queria tirar disso tudo é um pequeno conselho. Não comam apenas para saciar o apetite. Procurem conhecer a comida, e o mais importante: procurem viver o que estão degustando.
Pensei em abordar, logo de cara, uma série de receitas práticas, e que pudessem ter uma utilidade relevante para os leitores e leitoras de plantão. Porém me veio,antes, a sugestão de questionar a relação pessoa-comida, por que o que me intriga na gastronomia é o simples e complexo fato de usarmos os cinco sentidos na cozinha. Sim, todos os cinco sentidos.
Aqueles que trabalham com a arte culinária precisam treinar, aprimorar e sensibilizar esses sentidos, para que possam aproveitar o máximo de uma produção, e todo o seu processo, e o máximo
de uma degustação, levando em conta cada ingrediente contido nela.
Há também aqueles que, embora não tomem a gastronomia como profissão e carreira, estão sempre preocupados com o que comem, e também, de que forma degustam.
Portanto, a idéia de hoje é provocar esse tipo de reflexão. Quem nunca experimentou alguma comida apenas olhando para ela? Suas cores, formas,combinações e contrastes? A comida que
estiver bem apresentada, mesmo que não acabe sendo seu prato favorito no final, vai te atrair de alguma forma, e quando você perceber, já estará comendo! Logo, você e o alimento são apresentados, também, através dos olhos.
Quando não é a visão, querendo ou não, o aroma vai chegar até você. Certos cheiros nos fazem relembrar momentos inesquecíveis em família, com amigos, naquele dia que você chegou em casa e descobriu, antes mesmo de passar pela porta, que tinham feito uma comida que você adorava, somente pelo delicioso e aconchegante cheiro que vinha da
cozinha.
Saber perceber os cheiros é de extrema importância nas fases de uma produção. Por exemplo: você vai saber quando um bolo está pronto, pois o cheiro vai se espalhar pela cozinha inteira.
Também podemos reconhecer produtos bons ou passados, e evitar beber o leite azedo que estava na geladeira. Se você não conhece o que estão te servindo, e não confiou muito na
“cara” da comida, muitas vezes você usa do seu faro instintivo para sair da dúvida: ”será que isso aí é bom hein?”.
O tato é realmente importante na hora de, literalmente “sentir” o alimento que você está escolhendo no supermercado, e todo mundo aprende a diferenciar um tomate maduro e firme, de um tomate mole e machucado sem grandes complicações. O fantástico desse sentido é você ter todo o poder de reconhecer texturas infinitas, quando está mastigando algo. O “croc-croc” de uma bruschetta super tostada, que se mistura ao tomate macio e ao pastoso queijo, junto com as frescas folhas de manjericão,
e tudo isso junto se condensando até todas essas sensações virarem uma só e você partir para outra mordida.
Dentro de uma cozinha ativa existe uma verdadeira orquestra. Desde a peça de carne, gritando na frigideira ao fritar, até o profundo e denso som de uma massa de pão sendo misturada e sovada, a comida tende a reproduzir sons característicos, e rústicos. Há quem diga que a comida fala, quando, por exemplo, damos leves petelecos no melão, para saber se está maduro. O melão vai responder que sim, quando fizer um som ecoado e de baixo tom!
Por último, não menos importante, nos deparamos com o paladar.
Ora! O paladar é o mestre, que guia todos os outros sentidos. É ele que sabe o que doce, o que é amargo, o que acontece quando misturamos os dois, e mais: o que isso nos causa. A partir do
gosto que se estabelece na boca, é possível, a partir do cérebro, ativar hormônios que causem prazer, náusea, e por ai vai...
O gosto do alimento in natura é aquele gosto fixo. Você pode
complementar, com temperos e técnicas variadas e cocção. Esse gosto se modifica até certo ponto. É papel do gastrônomo buscar os mais variados gostos, texturas, aromas, e aparências que um alimento pode conter.
Mas o que eu queria tirar disso tudo é um pequeno conselho. Não comam apenas para saciar o apetite. Procurem conhecer a comida, e o mais importante: procurem viver o que estão degustando.